quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Entrevista sobre o sistema ciclado

                               UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ


                                FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE

ENTREVISTA

Com a Pedagoga

Eva

A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLARIDADE EM CICLOS: IMPACTOS NAS ESCOLAS



Os ciclos não são mais propostas isolada de algumas escolas, a nova LDB os legitimou e estão sendo adotados por muitas redes escolares, inclusive nas redes municipais e estaduais. Com base nesta nova proposta de organização estaremos entrevistando profissionais de educação conceituados na área.



Noemi: Como é uma escola organizada em ciclo. E qual é a diferença entre um sistema de escola seriada do sistema de ciclos?

Eva: A escola ciclada está organizada em grupos de três anos para dar conta de um currículo. E a principal diferença do sistema de seriação da ciclada é a continuidade de conteúdos de um ano para outro.

Noemi: Se a escola pretende implantar o sistema de ciclo; quais providências devem ser tomadas, quanto ao conteúdo, avaliação, aprovação e reprovação dos alunos?

Eva: Umas das primeiras providências é a estruturação física da escola como é preciso dispor que todos os espaços funcionem esteja adequadamente organizado, como salas de vídeo, biblioteca, apoio (mais profissionais), brinquedoteca, quadra etc. E depois material humano, vários profissionais para não sobrecarregar só o professor.

Noemi: Em quais condições as crianças ingressam nas escolas com sistema de ciclos. Algumas delas ingressam com algum conhecimento ou não?Eva: A maioria ingressa sem nenhum conhecimento do mundo letrado como fonte de informação. E o pior são os responsáveis que não entendem o sistema de ciclo e ainda vêem como escola de qualidade a seriação na qual reprova.

Noemi: Como é a formação dos educadores em uma escola de sistema de ciclo que visa o desenvolvimento humano. Eles são treinados e requalificados para implementação em sala?Eva: Sim, mas ainda não acho bem organizado essas qualificações acabam por não atingirem a realidade do dia- à – dia da escola.

Noemi: Quais são os critérios que devam ser adotados para um bom desempenho do aluno numa escola em ciclos? Eva: Que a estrutura escolar proporcione as mais variadas metodologias de ensinos para conseguir despertar no aluno o desejo de busca pelo aprendizado.

Noemi: Como é feito o planejamento, as metodologias de ensino. E como são realizados os projetos para alfabetização dos alunos que não conseguiram atingir as metas?

Eva: cada escola planeja da melhor maneira possível a recuperação paralela só que ainda falta organização e apoio para que possa atingir as metas.



Noemi: O que fazer com alunos que ingressa na escola com idade avançada a determinado ano. Por exemplo, a idade certa para ingressar na escola organizada em ciclo é de 6 anos no (1º ano), ou seja, como acabar com a defasagem de idade - série?

Eva: o aluno deveria ingressar no ano apropriado a sua idade, desde que houvesse um apoio para estes alunos em outro horário.

Noemi: Quem dará conta da organização das escolas em ciclo. E como definir as competências, incumbências e o perfil ideal do professor?

Eva: o educador deve ser dinâmico, criativo com muita vontade de ensinar e aprender, mas não deve ser sobrecarregado por isso.

Noemi: Antes de organizar os cursos é definido o perfil. Que cursos, matérias, carga horária são necessários?

Eva: sim, mas nem sempre é bem organizada.

Noemi: E como são as relações dentro da escola entre, professor e professor, professor e aluno, professor e diretor e escola e a família?

Eva: depende muito da escola e do local que atendido a clientela.

Noemi: Como profissional experiente o que você acha sobre a má organização do currículo escolar, seria a causa do fracasso escolar ou poderíamos dizer que a culpa é da diversidade cultural?Eva: a má organização curricular prejudica mas, a estrutura fechada da escola a falta de conhecimento da sociedade de como funciona o ciclo como também a falta de apoio prejudica muito.



Nome da instituição de ensino a qual trabalha.

Prefeitura do Rio de Janeiro




Noemi Achei alguns aspectos respondido na entrevista insatisfatório,quando a pedagoga fala sobre a falta de estrutura física da escola e por conseqüência o sistema de ciclos não vem dando certo ,discordo pois a escola deve está bem equipada mas nada impede do profissional fazer o seu trabalho de acordo com as condições sócio-econômicas da escola, ela também omitiu vários aspectos que poderiam ter sido abordados com mais amplitude,como a relação dos professores e alunos ,sua resposta ao meu ver ,essa relação não é muito satisfatória da sua parte pois no começo de sua carreira ela sofreu bastante descriminação por parte dos alunos e da direção ,por ser negra .


Autor: Abramowicz, Anete; Arroyo, Miguel Gonzalez
Editora: Papirus
Este livro busca mostrar como diferentes são transformados em desiguais. O leitor é convidado a rever a política do fracasso escolar e a conhecer formas de resistência e propostas de uma outra escola, produzida no cotidiano de muitos estabelecimentos de ensino que desenvolvem práticas coletivas bem-sucedidas.
Em um artigo do autor Arroyo que trata do sistema de ciclos e o desenvolvimento humano e a formação de educadores relata que se pretendemos introduzir uma nova prática  no caso o sistema de ciclos deve se ter uma nova metodologia ,um novo currículo ou uma nova organização escolar .A primeira medida seria capacitar os professores para as novas tarefas para que não ocorra o que a entrevistada vem procedendo com seus alunos ,utilizando métodos obsoleto do sistema seriado no novo sistema.Não se trata de acrescentar novas incumbências ,mas criar situações coletivas que propiciem cultivar o papel ,valores e saberes educativos na qual cada educador deva ter no seu cotidiano em sua prática pedagógica.

Agradeço a pedagoga Eva, por ter contribuído com nossa pesquisa sobre a nova organização e reforma educacional.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

ciclos de formação : o que significam?








A reflexão está baseada no texto ciclos de formação: o que significam?
de Andréa Krug
Mostra que os ciclos de formação esta interligados com o desenvolvimento de cada adolescente e crianças em diferentes faixas etárias onde o conhecimento formal também está vinculado com conhecimentos informais trazidos pelos educandos no seu cotidiano, embora que muitos professores e escolas não dêem muito importância com esses novos aspectos e realidades vividos pelos alunos.
No primeiro cartaz – é uma pequena introdução do significa o ciclos de formação, onde trabalhas com as fases de desenvolvimento de cada aluno. O conteúdo escolar é planejado de acordo com a realidade vivida e percebida em determinadas comunidades. Embora que nem todas escolas e profissionais educacionais se preocupam com essas realidades do cotidiano do educando.
    O segundo cartaz – trata- se da transição entre o sistema seriado para o ciclado,com essa mudança há uma nova organização estrutural do currículo;
    O terceiro – aponta as diferenças existentes no sistema de ciclos ,o primeiro aspecto é a proposta político – educacional a organização do espaço e tempo na escola.O segundo aspecto e o regimento adequado para cada tipo de escola .dependendo de sua localidade;
    O quarto – refere- se as contribuições dadas pela antropologia cultural. na qual estão interligadas no ensino aprendizagem como também o ciclos de formação está inserido no contexto cultural de cada aluno ,as atividades escolares também adequadas a esse contexto.Vygotsky em 1995 destacou a relação entre os conceitos cotidianos ,conhecimentos informais nas quais as crianças obtém no seu dia a dia (aprendizagens informais) e o conceito científico na qual obtemos no espaço escolar . Segundo o autor Vygotsky sobre o conceito espontâneo e cientifico ambos os conceitos se relacionam influenciando constantemente no desenvolvimento peculiares do pensamento a cada nível diferente de cada criança. Esse desenvolvimento de ambos conceitos é um processo que envolvem condições externas e internas no inicio da idade escolar a função intelectual possui um papel na qual a atenção da criança passa ser voluntária e a memória que é mecânica passa para a lógica .
    Os conhecimentos culturais e situações problemáticas vivenciados no cotidiano quanto a relação positiva estabelecida na vida fora da escola são importante como indicadores de desenvolvimento do aluno. A cultura permeia a aprendizagem escolar como também influencia as ações na escola.
    No quinto cartaz- Confirma essa ruptura da escola seriada para ciclada cujo a escola ciclada é formada por turmas por idades e não pelos conteúdos adquiridos pois dificultam o aprendizado ,com a defasagem de conhecimento será maior o nível de intercâmbio entre eles.A escola tradicional já não tinha essa visão achava quanto maior o nível de conhecimento anterior maiores a chance de aprendizagem.
    Segundo Wallon partidário a renovação pedagógica na qual a educação deve propor-se a formar indivíduo autônomo enquanto seres pensantes e operantes. Anos mais tarde com a reforma francesa Langevin-Wallon propõem:
    * A abrangência de toda organização escolar, dos programas, dos horários, dos exames e das bases sociais do ensino com uma visão de eliminar gradualmente a seletividade econômica arraigada no sistema escolar francês;
    Ele também afirma que a sucessão de idades corresponde a integração progressiva do comportamento ou seja respeitar o seu desenvolvimento conforme a sua necessidade e competência de cognição.Quanto a cognição tiramos lição das contribuições wallonianas,como o progresso intelectual da criança se faz em uma cumulação gradual de representações das coisas...
    Como também a escola organizada em ciclos de formação atende a uma educação de etapas da infância como, por exemplo:
    Uma educação que visa respeitar a totalidade do aluno, sua personalidade e a integridade garantindo o pleno desenvolvimento das disposições e aptidões.
    O sexto – fala se a organização de conhecimentos em uma escola em ciclos onde a perspectiva da teoria é a dialética cujo há uma reciprocidade entre o sujeito e objeto a qual nos leva a transformação concomitante entre homem e mulher com o mundo. Os ciclos de formação propõem atividades e conteúdo a serem direcionadas pela necessidade e percepção de mundo dos alunos;
    O sétimo ponto faz uma relação de formação de ciclos de Porto Alegre com o MEC, como também trata o sistema ciclado visa a pratica e possibilidades estrutural com trabalhos coletivos organizados a partir da realidade de cada comunidade e instituição. O MEC quando trata de ensino fundamental no seu planejamento político-estratégico afirmam que seu procedimentos são diagnósticos e apontam como raiz dos problemas educacionais brasileiros como, a falta de vagas, há evasão escolar ,há repetencia, professores mal treinados e mal pagos .Para o ministério de educação uma qualidade de ensino engloba o acesso da criança ,o progresso desse aluno e o sucesso do educando na escola













Uma nova escola é necessária e possível




                                                                                        

Veja como reagem alguns pais em relação aos resultados de seus filhos na escola .Como reagem os seus?As multifaces dos pais quando recebem as provas dos alunos.
A primeira imagem a mãe pensa que o aluno vai tirar boas notas;
O segundo rosto preocucado ,pois a professora faz reclamações com a mãe;

Quando a mãe recebe a prova e vê que o aluno tirou três o seu rosto fica transfigurado


A mãe furiosa acha que ensino de qualidade é quando o aluno tira nota 10
Uma questão abordada pelos profissionais tradicionais e alguns pais que não entende o novo sistema ciclado, consideram uma grande problemática responsáveis pelos déficits de aprendizagem, como os alunos não alfabetizado com dificuldade na leitura e escrita só que estes problemas não surgiram agora já existiam desde o sistema de seriação com altos índices de reprovação com defasagem de idade e aprendizagem.
O ciclo não admite unicamente como medida de avaliação o sistema de provas e exames, a escola cidadã é um exemplo vivo de superação do modelo tradicional fabril para um sistema ciclado valorizando cada etapa do desenvolvimento do educando. novos espaços criados garantindo tempo de aprendizagem pois não adianta ficarmos presos a notas de provas tem que se avaliar o todo.
Desempenho em sala de aula em 2009
Ciclos de formação: uma nova escola é necessária e possível

Fonte KRUG, Andréa Rosana Fetzner.(org) Ciclos em Revista :A construção de uma outra escola possível .vol.1 Rio de Janeiro –WAK editora,2007 p.13-30
Uma questão abordada pelos profissionais tradicionais e alguns pais que não entende o novo sistema ciclado, consideram uma grande problemática responsáveis pelos déficits de aprendizagem, como os alunos não alfabetizado com dificuldade na leitura e escrita só que estes problemas não surgiram agora já existiam desde o sistema de seriação com altos índices de reprovação com defasagem de idade e aprendizagem.
O ciclo não admite unicamente como medida de avaliação o sistema de provas e exames, a escola cidadã é um exemplo vivo de superação do modelo tradicional fabril para um sistema ciclado valorizando cada etapa do desenvolvimento do educando. novos espaços criados garantindo tempo de aprendizagem pois não adianta ficarmos presos a notas de provas tem que se avaliar o todo.Na estrutura de ciclos de formação o ensino foi organizado em 3 ciclos de três anos cada com o inicio de 6 anos de idade até aos 14 com referencias alguns teóricos na qual investigam o processo mental como Vygotsky que organiza o ensino aprendizagem levando em consideração as fases do desenvolvimento da criança e adolescente.
O autor explicita os fundamentos pedagógicos dos ciclos e os passos necessários para colocá-los em prática, afirmando que esse é o caminho para tornar a escola mais justa e eficaz.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um modelo de escola ciclada que deu certo

O  vídeo retrata a dinânmica da democracia participativa nas escolas no munícipio através da implantação de políticas de gestão,descentralizados e norteados pelo construtivismo.


O projeto da Escola Cabana tem como objetivo de reorientação curricular, onde rompe com o modelo tradicional de um currículo linear, hierárquico e fragmentado, tomou como pressupostos teóricos metodológicos os princípios e categorias freireanos da pedagogia crítica, que pressupõe um currículo interdisciplinar, dialógico, democrático, crítico e contextual, a partir da sistematização de uma proposta teórico-metodológica de reorientação curricular via tema gerador, ou seja, partindo das situações-problema da comunidade escolar, fazendo relações mediadas pelos conhecimentos escolares para a compreensão e possível intervenção na realidade. Essa proposta vem sendo implementada não somente em Belém, mas também em várias partes do Brasil. Sendo a Escola Cabana umas experiências instituíram na tentativa de viabilizar uma Educação verdadeiramente democrática, dialoga ainda com outras experiências de escolas de mesma natureza no Brasil, como a Escola Plural-MG, a Escola Cidadã? Rs e a Escola Candanga? DF. Com base nas idéias de Paulo Freire. A apresentando algumas reflexões epistemológicas acerca do problema da pesquisa que consiste no registro e na análise do esforço de construção social do conhecimento via tema gerador na Escola Cabana em Belém-PA, com seus avanços e contradições durante o período de 2001 a 2004. Num procedimento metodológico, desenvolvido uma pesquisa qualitativa, de inspiração e de caráter colaborativa, utilizando como técnicas de coleta de dados a observação participante no cotidiano escolar.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Saiba um pouco mais sobre esperança pedagógica


A Esperança Pedagógica


Iremos conhecer um pouco mais sobre a pedagogia sobre a perspectiva de esperança na educação brasileira.


A pedagogia, em um sentido mas amplo, está ligada às suas origens na Grécia antiga.  Os gregos antigos chamavam de “pedagogo”que era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem a escola; não era exclusivamente um instrutor, ao contrário, era um condutor, alguém responsável pela melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha como a norma para a boa educação; se, por acaso, precisasse de especialistas para a instrução – e é certo que precisava –, conduzia a criança até lugares específicos, os lugares próprios para o “ensino de idiomas, de gramática e cálculo”, de um lado, e para a “educação corporal”, de outro aspectos relacionados a educação.
A educação clássica visava à formação do homem por inteiro, hoje temos a esperança que a educação mude a concepção na tínhamos sobre a escola. A esperança pedagógica na qual espero é obter uma educação de qualidade que visa o desenvolvimento do educando num ser critico, autônomo capaz de refletir sobre suas ações. Como condições e infra-estrutura escolar adequada para que esse desenvolvimento ocorra sem prejuízos.